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Quando te escolhi para amar, me renunciei, anulei-me. Te amei submissamente, sem questionar.
Hoje, preciso existir, ser aquilo que ainda não sou.

Sei la.

E o mundo está andando tão rapido, que não da tempo de o “para sempre” existir.

Não sei falar. Tão pouco escrever.
Me dói as coisas não tem dado certo, nosso final  não ter sido feliz.
Saber que o pra sempre acaba.
Acho que isso é o que mais dói.

E hoje choro e só o que consigo fazer.


									

Ama dor a

Amadora.

Amante da fotografia,

da arte,

da dor,

dos sentidos,

sentimentos,

das angustias,

do subjetivo.

Materializo o que sinto, antes que o tempo me roube.

Queria conseguir por em letras o que penso, opino, vejo, planejo.

Mas as palavras fogem, vão pra longe…No alto das montanhas.

Para as montanhas não existem palavras. Somente a visão faz florescer sensações, sentidos, pensamentos, e isso basta.

Montanhas não precisam de palavras. Assim como a praia, o beijo, o abraço, o silencio.

O silencio é a própria palavra, diz tudo.

Mas o silêncio só, é só meu silêncio.

As letras em papel, serão palavras sós ou lidas. E mesmo que não sejam lidas hoje ou amanhã, serão ainda palavras até serem apagadas ou queimadas.

Letras desenhadas, fotografadas, gravadas, gestuais, não ditas. Palavras que faço para mim ou para o mundo.

Queria ir para a montanha gritar quietinha minhas palavras.

“Cala / Ouve o silêncio / Ouve o silêncio / Que nos fala tristemente / Desse amor que não podemos ter.”  Vinicius de Moraes / Claudio Santoro

Você já reparou como é curioso um laço…
Uma fita dando voltas?

Se enrosca…
Mas não se embola,
vira, revira,
circula e pronto:
está dado o laço

É assim que é o abraço:
coração com coração,
tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço:
um laço no presente,
no cabelo, no vestido,
em qualquer lugar que se precise enfeitar

E quando a gente puxa uma ponta,
o que é que acontece?

Vai escorregando devagarinho,
desmancha, desfaz se o laço.

Solta o presente,
o cabelo, fica solto no vestido.

E na fita, que curioso,
não faltou nem um pedaço.

Ah! Então é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento?

Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho,
mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz
– romperam-se os laços.
– E saem as duas partes,
igual os pedaços de fita,
sem perder nenhum pedaço.

Então o amor é isso…

Não prende,
não escraviza,
não aperta,
não sufoca.

Porque quando vira nó,
já deixou de ser um laço!

Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade, fingindo ser o que não sou, faço-o para atrair o outro e logo descubro que só atraio a outros mascarados distanciando-me dos outros devido a um estorvo: a máscara.

Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.

Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e, sim, da máscara.

Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara.

Faço-o convencido de que é melhor que posso fazer para ser amado e logo descubro o triste paradoxo; o que mais desejo obter com minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas.

“As máscaras são importantes, mas temos que lembrar de trocá-las sempre…”

Introdução

Procuro palavras.

As não ditas, as esquecidas, as imaginadas, as desejadas, as que moram na angustia.

Algumas não podem ser faladas nem escritas.

As palavras do corpo, palavras da alma, do rosto, das mãos, dos olhos.

“Não fala nada, deixa tudo assim por mim…” Leoni